O lubrificante é composto por óleos básicos e aditivos. Sua função no motor é lubrificar, evitar o contato entre as superfícies metálicas e arrefecer, independentemente de ser mineral ou sintético.

A diferença está no processo de obtenção dos óleos básicos.

  • Os óleos minerais são obtidos da separação de componentes do petróleo, sendo uma mistura de vários compostos.
  • Os óleos sintéticos são obtidos por reação química, havendo assim maior controle em sua fabricação, permitindo a obtenção de vários tipos de cadeia molecular, com diferenças características físico-químicas e por isso são produtos mais puros.

Os óleos semi-sintéticos ou de base sintética, empregam mistura em proporções variáveis de básicos minerais e sintéticos, buscando reunir as melhores propriedades de cada tipo, associando a otimização de custo, uma vez que as matérias-primas sintéticas possuem custo muito elevado.

Não é recomendado misturar óleos minerais com sintéticos, principalmente de empresas diferentes.
Seus óleos básicos apresentam naturezas químicas diferentes e a mistura pode comprometer o desempenho de sua aditivação, podendo gerar depósitos.
Além disso, não é economicamente vantajoso, já que o óleo sintético é muito mais caro que o mineral e a mistura dos dois equivale praticamente ao óleo mineral, sendo, portanto, um desperdício.
Uma dica interessante se refere à troca de óleo mineral por sintético.
É importante trocar o filtro de óleo junto com a primeira carga de sintético assim como esgotar todo o óleo com uma “limpeza” no motor com o óleo a ser usado.

Embora os lubrificantes sintéticos possuam características de qualidade superiores, a maioria dos fabricantes de veículos ainda não diferencia os períodos de troca, caso se utilize óleos sintéticos ou minerais.

Recomendo seguir a indicação do Manual do Proprietário para intervalo de troca.

  • Óleos minerais

São usados como lubrificantes com uma adequada viscosidade, originados de petróleos
crus e beneficiados através de refinação. As propriedades e qualidades destes
lubrificantes dependem da proveniencia e da viscosidade do petroleo cru.
Quando falamos em óleos minerais temos de distinguir três tipos:

  • A – Óleo mineral de base parafínico

O nome ¨Parafina¨, de origem Latin, indica, que estas ligas quimicas são relativamente
estáveis e resistentes e não podem ser modificadas facilmente com influências quimicas.
Sendo assim as parafinas tendem a não oxidar em temperaturas ambientes ou levemente elevadas.
Nos lubrificantes eles são partes resistentes e preciosos, que não ¨envelhecem¨ ou somente oxidam de forma lenta.
Contém em sua composição química hidrocarbonetos de parafina em maior proporção,
demonstra uma densidade menor e é menos sensível a alteração de viscosidade/temperatura.
A grande desvantagem é seu comportamento em temperaturas baixas: as parafinas tendem a sedimentar-se.

  • B – Óleo mineral de base naftênico

Enquanto os hidrocarbonetos parafinicos formam em sua estrutura molecular correntes,
os naftêncios formam em sua maioria ciclos.
Os naftenicos em geral são usados, quando necessitamos produzir lubrificantes para baixas temperaturas.
Desvantagem dos naftênicos é sua incompatibilidade com materiais sintéticos e elastômeros.

  • C -Óleo mineral de base misto

Para atender as caracteristicas de lubrificantes conforme necessidade e campo de aplicação a maioria dos óleos minerais é misturada com base naftêncio ou parafínico em quantidades variados.

  • Óleos sintéticos

São, ao contrário dos óleos minerais, produzidos artificialmente. Eles possuem, na maioria das vezes, um bom comporamento de viscosidade-temperatura com pouca tendência de coqueificação em temperaturas elevadas, baixo ponto de solidificação em baixas temperaturas, alta resistência contra temperatura e influências quimicas.

Quando falamos em óleos sintéticos temos de distinguir cinco tipos diferentes:

  • 1. Hidrocarbonetos sintéticos

Entre os hidrocarbonetos sintéticos destacam-se hoje com maior importância de um lado os polialfaoleofinas (PAO) e os óleos hidrocraqueados.
Estes óleos são fabricados a partirde óleos minerais, porém levam um processo de sinteticação, o qual elimina os radicais livres e impurezas, deixando-os assim mais estavel a oxidação.
Também consegue-se através desde processo um comportamento excelente em ralaçãoa viscosidade-temperatura.
Estes hidrocarbonetos ¨semi-sintéticos¨ atingem IV (Índices de Viscosidade) até 150.

  • 2. Poliolésteres

Para a fabricação de lubrificantes especiais, fluidos de freios, óleos hidraúlicos e fluídos de corteos poli-alquileno-glicois, miscivel ou nãomiscivel em água tem hoje cada vez mais importância.

  • 3. Diésteres

São ligações entre ácidos e alcoois através da perda de água.
Certos grupos formam óleos de éster que são usados para a lubrificação e, também, fabricação de graxas lubrificantes.
Os diésteres estão hoje aplicados em grande escala em todas as turbinas da aviação civil por resistir melhor a altas e baixas temperaturas e rotações elevadíssimas.
Dos óleos sintéticos eles tem o maior consumo mundial.

  • 4. Óleos de silicone

Os silicones destacam-se pela altíssima resistência contra temperaturas baixas, altas e envelhecimento, como também pelo seu comportamento favorável quanto ao índice de viscosidade.
Para a produção de lubrificantes destacam-se os Fenil-polisiloxanes e Methil-polisiloxanes.
Grande importância tem os Fluorsilicones na elaboração de lubrificantes resistentes a influência de produtos quimicos, tais como solventes, ácidos etc.

  • 5. Poliésteres Perfluorados

Óleos de fluor e fluorclorocarbonos tem uma estabilidade extraordinária contra influência química.
Eles são quimicamente inertes, pórem em temperaturas acima de 260°C eles tendem a craquear e liberar vapores toxicos

Fontes de pesquisa: http://www.br.com.br / http://www.lubrificantes.net

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comentários
  1. julio disse:

    Com a utilização do óleo sintetico é perigoso cair a borra no pesacador?

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  2. Julio, a borra formada no captador de óleo (pescador) normalmente é formada pela aplicação incorreta do lubrificante, o não respeito ao prazo de troca e limpeza do motor ( este deve ser reduzido como informa o manual do propietário, pois em trânsito urbano o motor funciona com o odômetro parado) e por contaminações vindas do combustível, sistema de arrefecimento ou ar atmostférico.

    Em todos os casos a aplicação correta do óleo, a troca no período recomendado e a limpeza do motor evitam a fomação de borra. lembrando sempre da troca do filtro.

    Vale citar que muitas vezes o lubrificante sintético não aceita “misturas” com outros sendo de extrema importância a limpeza do motor com o lubrificante que será usado.

    Em resumo: o óleo sintético em si não causa a borra desde que aplicado corretamente.

    Obrigado pelo comentário!

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  3. André Vidal disse:

    Utilizando o Óleo Sintético, podemos realizar a troca a cada 10.000 Km?

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  4. André Vidal de forma alguma você deve mudar a especificação do prazo de troca da montadora. Ainda mais aumentando o prazo.

    Este prazo deve ser até reduzido se você utiliza um óleo com índice API acima do especificado para o motor.

    Lembro que é importante também ler no manual no que se refere ao pra e uso do carro pois o mesmo deve ser reduzido em uso somente urbano.

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  5. Ricardo disse:

    Possuo um vectra 2000, e a Km está em 87.000, e uso um óleo thecno 20×50 mineral p/ 10.000 km da petrobrás, e esse óleo é indicado para motores acima de 100.000 km. A pergunta é: Tem algum problema em usar esse óleo? sabendo-se q ele é indicado para km acima de 100.000km?

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  6. Alexandre disse:

    Caro Norival,

    Só uso sintético no meu Uno fire 2006. Troco de 10.000 em 10.000. É necessário trocar mesmo quando o nível está alto (no máximo), e a viscosidade está normal? Uso em condições normais, sem ser severo.

    Vila Velha/ES

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  7. Gilmar Feijó disse:

    Boa Noite!
    Parabéns pelos esclarecimentos fornecidos aos usuários,
    Meu problema iniciou quando fiz a troca do oleo do corsa vhc 2005 com 24000 mil kilometros. Comprei o carro de conhecido, com todas revisões feitas em autorizada. Após trocar por 20w50 ac delco o ruído iniciou,troquei pelo 5w30 br piorou, na autorizada colocaram novamente 20w50 ac delco reclamei que o barulho aumentou então colocaram 5w30 ac delco o barulho aumentou e por último um mecânico autorizado da Gm indicou o mobil 20w50 sm o barulho diminui bastante, mas pela manhã e na desaceleração quando frio o barulho permanece. Quando o motor está quente não existe barulho. O mecânico falou que algum tucho pode estar perdendo o oleo devido as muitas trocas de oleo em curto tempo (sujeira levada pelo oleo fino) O que fazer tirar os tuchos e fazer a limpeza? trocar os tuchos?Devo esperar o tucho trocar todo oleo com o tempo?
    Obs: Nessas trocas de oleo rodei mil quilometros, hoje o veiculo está com 27340KM. Consegui conversar com a propritária anterior e me informou que usava o oleo 5w 30 sintético e agora o que devo fazer???????

    Grato pela atenção e aguardando resposta.

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  8. Dr. Lubrificação disse:

    Caro Alexandre

    A utilização do óleo sintético depende do custo-beneficio (é um óleo muito caro).
    Utilizar um óleo de classificação SL ou SM. Nunca deixar o nivel do óleo no maximo, sempre deixar na média entre o Max. e o Min.
    Quanto a troca do óleo, isso tem quer ser olhado no Manual do fabricante, porém não só trocar quando atingir 10.000 Km e sim quando atingir em torno de 5 a 6 meses e num ter rodado 10.000 km ainda. A viscosidade vai perdendo de acordo com o tempo e uso.

    É necessário trocar o filtro quando for trocar o óleo.

    Espero ter esclarecido suas dúvidas.

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